terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Kingdoms of Amalur: Reckoning

O primeiro projeto do 38 Studios mostra que nem só de The Elder Scrolls vive o mundo dos RPGs eletrônicos


Embora seja a primeira criação do relativamente desconhecido 38 Studios (divisão da Big Huge Games), Kingdoms of Amalur: Reckoning é fruto do trabalho de nomes com muito peso na indústria. Entre eles está o desenhista Todd McFarlane, o consagrado ex-desenvolvedor da série Elders Scrolls, Ken Rolston e o autor de best sellers de fantasia R.A. Salvatore.
Amalur é um reino de fantasia repleto de elementos mágicos, no qual o destino desempenha um papel muito importante. Desde o momento em que uma pessoa nasce, todos os seus passos são predeterminados pelos deuses, e não há nada nem ninguém que escape disso.
Você assume o papel de um guerreiro que morre logo nos momentos inicias do jogo, somente para ser revivido pouco depois de forma misteriosa. Isso lhe garantiu o poder de romper o ciclo normal da natureza, permitindo realizar mudanças na maneira como as coisas deveriam acontecer. Isso torna você uma arma poderosa contra o exército conhecido como Tuatha Deon, criaturas sinistras que querem tirar sua nova vida a qualquer custo.
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Aprovado

Combate digno de um jogo de ação
O combate de Kingdoms of Amalur poderia figurar perfeitamente em qualquer jogo de ação. Com um sistema de golpes combinados que lembra muito a série God of War, as lutas do game possuem um ritmo rápido e são marcadas por efeitos visuais realmente surpreendentes.
A produção permite misturar até duas armas diferentes (que podem ser mudadas a qualquer momento) com magias e poderes especiais facilmente acessíveis. Isso se reflete em um sistema bastante versátil, em que faz pouca diferença a escolha por um estilo agressivo ou defensivo — você sempre vai se divertir.
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Cada um dos adversários derrotados é responsável por encher um pouco uma barra responsável por ativar um modo conhecido como “Reckoning”. Quando o poder é ligado, todos os inimigos passam a se movimentar em câmera lenta, garantindo a você a opção de exterminá-los usando uma finalização sanguinolenta que garante uma maior quantidade de pontos de experiência.
O game também conta com um excelente sistema de controles, que permitem acessar rapidamente todos os golpes necessários para sobreviver. Embora a versão de PC seja ligeiramente pior nesse sentido, não demora muito para que você se acostume à combinação entre mouse e teclado.
Sistema de evolução dinâmico
Ao contrário de outros RPGs, Reckoning não obriga você a manter as habilidades escolhgidas no momento inicial do game durante toda a aventura. A qualquer momento, é possível transformar um mago em um guerreiro ou, se você preferir, pode virar um ladino especializado em atacar escondido pelas sombras — para isso, basta encontrar personagens conhecidos como “Fateweavers” e pagar uma determina quantidade de moedas de ouro.
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O jogo também permite realizar combinações livres entre as características de três classes básicas, o que abre a possibilidade de escolher várias profissões intermediárias. Além de trazer mais opções à jogabilidade, esse recurso também se destaca por ser parte integrante da história do jogo — afinal, se você pode mudar facilmente seu destino, também tem permissão para modificar livremente os poderes que possui.
Um mundo enorme
Se você é daqueles que gostam de completar tudo o que um jogo tem a oferecer, prepare-se para passar diversos meses explorando cada canto de Amalur. Segundo os produtores, o game tem nada menos que 200 horas de conteúdo, isso se você pular totalmente as cenas não interativas da história e várias das missões opcionais.
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Após sair do labirinto inicial, é difícil passar mais de 10 minutos sem se deparar com algum explorador em busca de ajuda ou com o membro de alguma seita procurando novos recrutas. Embora não seja obrigatório cumprir todos os pedidos que são feitos ao herói, investir em objetivos paralelos rende alguns dos itens e tramas mais interessantes da produção.
Completar as missões se torna fácil devido ao sistema de marcadores automáticos, responsáveis por destacar pontos importantes no mapa. Enquanto as tarefas ativas são marcadas com a cor amarela, aquelas em espera são mostradas na forma de círculos brancos. Além de servir como um boa forma de se guiar pelos cenários, esse recurso permite saber rapidamente se há algo interessante a fazer quando se entra em uma nova caverna ou labirinto.
Trilha sonora excepcional
Kingdoms of Amalur: Reckoning possui uma das melhores trilhas sonoras a dar as caras em um RPG recentemente. Todos os ambientes têm melodias próprias que se adaptam muito bem às suas propostas. Os sons também cumprem um papel muito importante nos combates, denunciando a aproximação de inimigos e alertando quando um confronto vai ser realmente difícil.
As dublagens também se destacam, tanto pela qualidade quanto pela variedade dos atores contratados. Embora todos os personagens tenham ao menos uma linha de diálogo gravada, é muito difícil você encontrar duas pessoas que falam do mesmo jeito.
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Reprovado

Nada de novo
O grande problema de Kingdoms of Amalur é que ele não traz nada de realmente único para o mundo dos RPGs eletrônicos. Exemplo disso são as raças do game que, embora tenham nomes totalmente originais, em nenhum momento disfarçam o fato de que estamos lidados com os mesmos elfos e anões a que já estamos acostumados.
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Até mesmo o visual do jogo é semelhante aos vistos em outras produções, e bastam alguns minutos de aventura para vir à mente a lembrança de games como Fable e World of Warcraft. Fatores como esses tiram a originalidade da produção e ajudam a dar a impressão inicial de que o jogo não passa de algo genérico.
Apresentação pouco caprichada
Embora o mundo de Amalur esteja longe de ser feio, seu visual não alcança os mesmos níveis de excelência vistos em outras produções recentes. Isso fica especialmente evidente na pouca variedade de modelos de personagens e na falta de animações faciais convincentes durante os diversos diálogos que o game proporciona.
Algo que se mostra constante até mesmo em terrenos pouco habitados é o surgimento de elementos do cenário de maneira súbita. Isso não só torna mais difícil realmente entrar de cabeça na história, como prova que os desenvolvedores não estavam dispostos a realmente eliminar todos os problemas da produção.
Para completar, o jogo é vítima de uma câmera esquizofrênica que muitas vezes opta pelo pior ângulo possível durante as cenas não interativas. Isso prejudica muito a narrativa, já que em alguns momentos cenas importantes são totalmente perdidas porque o game preferiu mostrar os acontecimentos a partir do ponto de vista das costas de um personagem.
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Vale a pena?

Apesar de não trazer nenhuma novidade ao mundo dos RPGs, Kingdoms of Amalur: Reckoning é uma experiência capaz de entreter durante horas. Isso se deve principalmente ao sistema de combate e a maneira como o herói controlado evolui — seja você do tipo que gosta de misturar características ou que prefere seguir um caminho definido, não vai se decepcionar.
Porém, não se engane esperando o mesmo nível de qualidade de produções como The Elder Scrolls V: Skyrim. O game é uma ótima estreia para o 38 Studios, lembrando muito mais o trabalho de um estúdio experiente do que o de um time formado recentemente. Porém, uma possível sequência terá que melhorar vários aspectos caso o objetivo seja deixá-la no mesmo patamar dos verdadeiros clássicos do gênero RPG.
                                                            fonte:baixaki jogos 

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